Embaixador do Brasil garante financiamento

11 Nov 2016

O Brasil vai honrar a promessa de financiar a construção da barragem de Moamba Major, no rio Umbelúzi, província de Maputo, apesar dos projectos brasileiros em Moçambique e outros países estarem a ser reavaliados, garantiu quarta-feira em Maputo o embaixador do Brasil em Moçambique.

O embaixador Rodrigo Soares disse no final de uma audiência concedida pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, que a reavaliação dos projectos que requerem fundos públicos “é um procedimento normal no quadro das actuais mudanças no governo brasileiro (com a destituição da presidente Dilma Roussef).”

O diplomata disse ainda que a reavaliação está a ser feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), banco que anunciou em Outubro a suspensão do financiamento de 25 projectos executados por empresas brasileiras em países estrangeiros, em que se incluem Angola e Moçambique.

A suspensão do pagamento de 4,7 mil milhões de dólares diz respeito a contractos que foram adjudicados a empresas de engenharia e construção civil, casos da Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que estão envolvidas no escândalo de corrupção conhecido no Brasil por “Operação Lava Jacto.”

O principal projecto que está em risco em Moçambique é a barragem de Moamba Major, em que o empreiteiro é a empresa Andrade Gutierrez, de acordo com a agência noticiosa AIM.

A barragem de Moamba Major, cuja primeira pedra foi lançada há dois anos, terá capacidade para armazenar 760 milhões de metros cúbicos de água, controlar o fluxo do rio Incomáti, aumentar o abastecimento de água às cidades de Maputo, Matola e Ressano Garcia e ter uma central para produzir 15 megawatts de energia eléctrica.

A construção desta barragem tem um custo estimado em 466 milhões de dólares, sendo que o Brasil havia prometido disponibilizar 320 milhões de dólares. (Macauhub)

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